COP30: Governo do Amapá atrai atenção do Banco Mundial para investimentos em projetos sustentáveis

Reunião bilateral possibilitou apresentar a investidores iniciativas que potencializam a bioeconomia, a proteção das florestas e a qualidade de vida para os amazônidas.

O governador Clécio Luís apresentou iniciativas do Amapá a representantes do Banco Mundial durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP30), realizada em Belém. A reunião bilateral resultou na sinalização do interesse da instituição internacional em dar apoio financeiro em áreas prioritárias para o desenvolvimento sustentável do Amapá.

“Nós mostramos os projetos de empreendedores amapaenses que precisam de apoio de financiamento, seja para organização da sua gestão da cadeia produtiva, ou de capital de giro para desenvolver mais ainda a nossa bioeconomia. Mostramos também os nossos projetos de Governo organizados, estruturados e já maturados para receber recursos e apoio, para a gente poder gerar empregos no Amapá e potencializar o desenvolvimento econômico e sustentável, que mantém a floresta viva e em pé e respeita o nosso povo”, citou Clécio Luís.

Entre as iniciativas apresentadas no encontro, na quarta-feira, 12, está o Plano Estadual de Apoio à Sociobioeconomia (Peas), lançado pelo governador na COP30. O documento mapeia 11 cadeias produtivas, que vão desde o artesanato até o desenvolvimento de fármacos e cosméticos. São setores que já movimentam a economia do estado e que têm grande potencial de expansão no mercado.

Por meio da Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá (Agência Amapá), o Governo do Estado já havia iniciado as tratativas com o Banco Mundial para consolidar uma parceria estratégica. O encontro desta quarta-feira consolida o diálogo por apoio financeiro e técnico-institucional que gere transformação econômica e social no estado, aproveitando as oportunidades da economia local e novas fronteiras da economia verde e Margem Equatorial.

“Estamos numa conversa super produtiva com o Banco Mundial desde o começo do ano. A gente está trabalhando com a linha Progestão, para financiar a gestão do nosso Estado e eles estão encantados com as possibilidades e oportunidades que têm com o Amapá. Essa conversa foi riquíssima, porque o governador pôde trazer na prática alguns projetos, como o Selo Amapá. É assim que a gente busca investimentos para desenvolver a nossa sociobioeconomia. Tem muita coisa que já saiu e a esteira do que está por vir está incrível”, afirmou o diretor-presidente da Agência Amapá, Wandemberg Pitaluga.

Nos últimos 2 anos, o Amapá conquistou avanços institucionais e fiscais significativos, criando condições favoráveis à captação de investimentos internacionais. O objetivo é condicionar o estado para a diversificação de matrizes econômicas maduras, que impulsionem o desenvolvimento social do Amapá.

A COP da Amazônia
A  30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) iniciou na segunda-feira, 10, e segue até 21 de novembro de 2025, em Belém, no Pará. Realizada pela primeira vez na Amazônia, a COP30 deve reunir lideranças mundiais, cientistas, representantes de governos, empresas, organizações e sociedade civil para discutir soluções concretas diante da crise climática. A presença robusta do Amapá simboliza o fortalecimento da região no centro das discussões globais sobre sustentabilidade.

Com cerca de 73,5% de seu território sob proteção ambiental, incluindo unidades de conservação, terras indígenas e quilombolas, o Governo do Estado pretende mostrar que é possível unir conservação ambiental, inovação e desenvolvimento social.

A iniciativa é resultado de um esforço conjunto de órgãos estaduais, como as fundações de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap) e de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (Fundação Marabaixo), o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), e as Secretarias de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Setec), Cultura (Secult), Meio Ambiente (Sema), Planejamento (Seplan), Povos Indígenas (Sepi), Juventude (Sejuv), Educação (Seed), de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Amapá Internacional) e a Agência de Desenvolvimento Econômico (Agência Amapá), que atuam de forma integrada na elaboração e apresentação de projetos.

Fonte: Fabiana Figueiredo/Secom-GEA. Imagem: Maurício Gasparini/Secom-GEA.